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VERSO 20

kāṇe mudrā la-i’ muñi ha-iba bhikhārī
rājya-bhoga nahe citte vinā gaurahari

kāṇe mudrā — uma espécie de brinco; la-i’ — levando; muñi — eu; ha-iba — eu me tornarei; bhikhārī — um mendigo; rājya-bhoga — desfrute do reino; nahe — não; citte — na mente; vinā — sem; gaurahari — Śrī Caitanya Mahāprabhu.

Nityānanda Prabhu prosseguiu: “O rei decidiu tornar-se um mendicante e aceitar a insígnia de mendicante, passando a usar um brinco de marfim. Ele não deseja gozar de seu reino sem ver os pés de lótus de Śrī Caitanya Mahāprabhu.”

SIGNIFICADO—Na Índia, ainda há uma classe de mendicantes profissionais que são muito parecidos com os ciganos dos países ocidentais. Conhecem algumas artes mágicas e processos místicos, e sua atividade é esmolar de porta em porta, ora pedindo, ora ameaçando. Tais mendicantes são chamados ora de yogīs, ora de yogīs kāṇaphāṭās. A palavra kāṇaphāṭā refere-se àquele que furou a orelha para usar um brinco de marfim. Não tendo conseguido ver Śrī Caitanya Mahāprabhu, Mahārāja Pratāparudra ficou tão deprimido que decidiu tornar-se um yogī desse tipo. As pessoas comuns acham que um yogī deve ter um brinco de marfim em sua orelha, mas esse não é o sinal de um yogī verdadeiro. Mahārāja Pratāparudra também pensava que, para se tornar um yogī mendicante, fazia-se necessário o uso desse brinco.

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