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VERSO 96

avadhūtera jhuṭhā lāgila mora aṅge
parama pavitra more kaila ei ḍhaṅge

avadhūtera jhu — os restos da comida do avadhūta; lāgila — tocaram; mora — Meu; aṅge — no corpo; parama pavitra — perfeitamente purificado; more — a Mim; kaila — fez; ei — este; ḍhaṅge — comportamento.

Advaita Ācārya considerou-Se purificado quando os restos de arroz atirados pelo paramahaṁsa Nityānanda Prabhu tocaram em Seu corpo. Ele, portanto, começou a dançar.

SIGNIFICADO—A palavra avadhūta se refere àquele que está acima de todas as regras e regulações. Às vezes, não observando todas as regras e regulações de um sannyāsī, Nityānanda Prabhu manifestava o comportamento de um avadhūta louco. Ele atirou os restos de comida ao chão, e um pouco desse resto tocou no corpo de Advaita Ācārya. Advaita Ācārya aceitou isso alegremente, pois Se apresentava como membro da comunidade de smārta-brāhmaṇas. Ao ser tocado pelos restos de comida atirados por Nityānanda Prabhu, Advaita Ācārya sentiu-Se imediatamente purificado de toda a contaminação smārta. Os restos de comida deixados por um vaiṣṇava puro se chamam mahā-mahā-prasāda. Isso é inteiramente espiritual, sendo idêntico ao Senhor Viṣṇu. Tais restos não são ordinários. Considera-se que o mestre espiritual está na fase de paramahaṁsa e além da jurisdição da instituição varṇāśrama. Os restos de comida deixados pelo mestre espiritual e por paramahaṁsas ou vaiṣṇavas puros semelhantes são purificadores. Ao tocar tal prasāda, a mente de uma pessoa comum se purifica, elevando-se à posição da mente de um brāhmaṇa puro. O comportamento e as afirmações de Advaita Ācārya se destinam à compreensão de pessoas comuns, as quais não têm noção da força de valores espirituais, ignorando a potência dos alimentos deixados pelo mestre espiritual fidedigno e por vaiṣṇavas puros.

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