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VERSO 15

anāgaḥsv iha bhūteṣu
ya āgas-kṛn niraṅkuśaḥ
āhartāsmi bhujaṁ sākṣād
amartyasyāpi sāṅgadam

anāgaḥsu iha — aos inofensivos; bhūteṣu seres vivos; yaḥ — a pessoa; āgaḥ-kṛt cometa ofensa; niraṅkuśaḥ — arrogante; āhartā asmi — eu causarei; bhujam braços; sākṣāt — diretamente; amartyasya api — mesmo alguém que seja um semideus; sa-aṅgadam — com armadura e ornatos.

Um ser vivo arrogante que cometa ofensas ao torturar aqueles que são inofensivos será diretamente eliminado por mim, mesmo que seja um cidadão do céu com armadura e ornatos.

SIGNIFICADO—Os cidadãos do reino celestial chamam-se amara, ou imortais, devido a possuírem um longo período de vida, muito maior que o dos seres humanos. Para um ser humano, que tem uma duração de vida de, no máximo, cem anos, um período de vida que se expande por milhões de anos é certamente considerado imortal. Por exemplo, aprendemos na Bhagavad-gītā que, no planeta Brahmaloka, a duração de um dia é calculada como sendo de 4.300.000 x 1.000 anos solares. Da mesma forma, em outros planetas celestiais, um dia é calculado como sendo seis meses deste planeta, e os habitantes obtêm uma vida de dez milhões de seus anos. Portanto, em todos os planetas superiores, visto que o período de vida é muito maior que o do ser humano, os cidadãos são chamados imortais por imaginação, embora, na verdade, ninguém no universo material seja imortal.

Mahārāja Parīkṣit desafia até mesmo esses cidadãos do céu se eles torturam aqueles que são inofensivos. Isso significa que o líder executivo do estado deve ser tão forte como Mahārāja Parīkṣit para que ele possa estar determinado a punir os mais fortes ofensores. O líder executivo do estado deve manter o princípio de que o ofensor dos códigos de Deus seja sempre punido.

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