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VERSO 25

idānīṁ dharma pādas te
satyaṁ nirvartayed yataḥ
taṁ jighṛkṣaty adharmo ’yam
anṛtenaidhitaḥ kaliḥ

idānīm no momento atual; dharma — ó personalidade da religião; pādaḥ perna; te — de ti; satyam — veracidade; nirvartayet — de alguma forma andas a mancar; yataḥ — por meio de; tam — esta; jighṛkṣati tentando destruir; adharmaḥ a personalidade da irreligião; ayam — esta; antena por mentiras; edhitaḥ — prosperando; kaliḥ — desavença personificada.

Agora permaneces de pé sobre uma perna só, que é tua veracidade, e, de alguma forma, andas a mancar. Porém, a desavença personificada [Kali], crescendo através de mentiras, também está tentando destruir essa perna.

SIGNIFICADO—Os princípios da religião não dependem de alguns dogmas ou fórmulas feitas pelo homem, mas dependem de quatro observâncias reguladoras primárias, a saber, austeridade, limpeza, misericórdia e veracidade. A massa popular deve ser ensinada a praticar esses princípios desde a infância. Austeridade significa aceitar voluntariamente coisas que talvez não sejam muito confortáveis para o corpo, mas que são conducentes à compreensão espiritual, como, por exemplo, jejuar. Jejuar duas ou quatro vezes por mês é um tipo de austeridade que pode ser aceita voluntariamente apenas para a compreensão espiritual, e não com quaisquer outros propósitos, sejam de cunho político ou outro. Os jejuns que não se destinam à autorrealização, mas a qualquer outro fim, são condenados na Bhagavad-gītā (17.5-6). Da mesma forma, a limpeza é necessária tanto para a mente quanto para o corpo. A mera limpeza corporal pode ajudar até certo ponto, mas a limpeza da mente é necessária, e é efetuada através da glorificação ao Senhor Supremo. Ninguém pode limpar a poeira mental acumulada sem glorificar o Senhor Supremo. Uma civilização sem Deus não pode limpar a mente porque não faz ideia de Deus, e, por essa simples razão, a população sob uma civilização assim não pode ter boas qualificações, por mais equipada que esteja materialmente. Temos que julgar as coisas por suas ações resultantes. A ação resultante da civilização humana na era de Kali é a insatisfação, e, assim, todos estão ansiosos por conseguir paz de espírito. Essa paz de espírito era completa na era de Satya por causa da existência dos atributos acima mencionados dos seres humanos. Gradualmente, esses atributos têm diminuído em Tretā-yuga para três quartos; em Dvāpara-yuga, para a metade, e, nesta era de Kali, para um quarto, o que também está diminuindo gradualmente devido ao predomínio da falsidade. A ação resultante da austeridade é arruinada pelo orgulho, artificial ou real; a limpeza é destruída pela demasiada afeição à companhia feminina; a misericórdia é arruinada pelo hábito da intoxicação, e a veracidade é corroída pelo excesso de propaganda mentirosa. O renascimento do bhāgavata-dharma pode impedir a civilização humana de cair vítima de todo tipo de males.

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