VERSO 30
sa tu brahma-ṛṣer aṁse
gatāsum uragaṁ ruṣā
vinirgacchan dhanuṣ-koṭyā
nidhāya puram āgataḥ
saḥ — o rei; tu — contudo; brahma-ṛṣeḥ — do brāhmaṇa sábio; aṁse — sobre o ombro; gata-asum — morta; uragam — serpente; ruṣā — com ira; vinirgacchan — ao partir; dhanuḥ-koṭyā — com a ponta do arco; nidhāya — colocando-a; puram — palácio; āgataḥ — retornou.
Sendo assim insultado, o rei, enquanto se retirava, pegou uma serpente morta com seu arco e, tomado de raiva, colocou-a sobre o ombro do sábio. Então, ele retornou a seu palácio.
SIGNIFICADO—O rei tratou o sábio olho por olho, dente por dente, embora não estivesse de modo algum habituado a ações tão disparatadas. Pela vontade do Senhor, enquanto ia embora, o rei encontrou uma serpente morta diante dele, e pensou que o sábio, que o havia recebido friamente, poderia assim ser recompensado friamente ao se oferecer a ele uma guirlanda de serpente morta. No decorrer ordinário dos relacionamentos, isso não era muito antinatural, porém, no caso do relacionamento de Mahārāja Parīkṣit com um brāhmaṇa sábio, isso era certamente algo sem precedentes. Isso aconteceu dessa maneira pela vontade do Senhor.