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VERSO 13

aṣṭame merudevyāṁ tu
nābher jāta urukramaḥ
darśayan vartma dhīrāṇāṁ
sarvāśrama-namaskṛtam

aṣṭame a oitava das encarnações; merudevyām tu no ventre de Merudevī, a esposa de; nābheḥ — rei Nābhi; jātaḥ nasceu; urukramaḥ — o Senhor todo-poderoso; darśayan mostrando; vartma o caminho; dhīrāṇām — dos seres perfeitos; sarva todas; āśrama ordens de vida; namaskṛtam honrados por.

A oitava encarnação foi o rei Ṛṣabha, filho do rei Nābhi e de sua esposa Merudevī. Nessa encarnação, o Senhor mostrou o caminho da perfeição, que é seguido por aqueles que controlaram plenamente seus sentidos e que são honrados por todas as ordens de vida.

SIGNIFICADOA sociedade de seres humanos é naturalmente dividida em oito ordens e status de vida – quatro ordens de ocupações e quatro status de avanço cultural. A classe inteligente, a classe administrativa, a classe produtiva e a classe trabalhadora formam as quatro ordens de ocupações. A vida de estudante, a vida de chefe de família, a vida retirada e a vida renunciada constituem os quatro status de avanço cultural a caminho da compreensão espiritual. Desses, a ordem de vida renunciada, ou a ordem de sannyāsa, é considerada a mais elevada de todas, e um sannyāsī é constitucionalmente o mestre espiritual para todas as outras ordens e status. Na ordem sannyāsa, há também quatro estágios de elevação rumo à perfeição. Esses estágios chamam-se kuṭīcaka, bahūdaka, parivrājakācārya e paramahaṁsa. O estágio de vida paramahaṁsa é o mais elevado estágio de perfeição. Essa ordem de vida é respeitada por todas as outras. Mahārāja Ṛṣabha, o filho do rei Nābhi e Merudevī, era uma encarnação do Senhor, e instruiu Seus filhos a seguirem o caminho da perfeição através de tapasya, que santifica a existência de uma pessoa e a habilita a alcançar o estágio de felicidade espiritual, que é eterna e sempre crescente. Todo o ser vivo está buscando felicidade, mas ninguém sabe onde se pode obter felicidade eterna e ilimitada. Homens tolos buscam o prazer material dos sentidos como substitutivo para a verdadeira felicidade, mas tais homens tolos se esquecem de que a dita felicidade temporária, derivada dos prazeres dos sentidos, também é desfrutada por cães e porcos. Nenhum animal, pássaro ou besta é desprovido desse prazer dos sentidos. Em todas as espécies de vida, incluindo a forma humana de vida, tal felicidade é vastamente obtenível. A forma humana de vida, contudo, não se destina a essa felicidade barata. A vida humana destina-se a alcançar eterna e ilimitada felicidade, através da compreensão espiritual. Essa compreensão espiritual é obtida por tapasya, ou submissão voluntária ao caminho de penitência e abstinência do prazer material. Aqueles que têm sido treinados para abstinência dos prazeres materiais chamam-se dhīras, ou homens que não são perturbados pelos sentidos. Somente esses dhīras podem aceitar a ordem de sannyāsa, e podem elevar-se gradualmente ao status de paramahaṁsa, que é adorado por todos os membros da sociedade. O rei Ṛṣabha propagou esta missão e, na última fase de Sua vida, isolou-Se completamente das necessidades corpóreas materiais, que constitui um estágio raro que não pode ser imitado por homens tolos, mas que deve ser adorado por todos.

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