VERSO 15
rūpaṁ sa jagṛhe mātsyaṁ
cākṣuṣodadhi-samplave
nāvy āropya mahī-mayyām
apād vaivasvataṁ manum
rūpam — forma; saḥ — Ele; jagṛhe — assumiu; mātsyam — de peixe; cākṣuṣa — Cākṣuṣa; udadhi — água; samplave — inundação; nāvi — no barco; āropya — mantendo; mahī — a Terra; mayyām — submersa em; apāt — protegido; vaivasvatam — Vaivasvata; manum — Manu, o pai do homem.
Quando houve uma inundação completa, após o período do Cākṣuṣa Manu, e o mundo inteiro estava mergulhado dentro d’água, o Senhor assumiu a forma de um peixe e protegeu Vaivasvata Manu, alojando-o em um barco.
SIGNIFICADO—Segundo Śrīpāda Śrīdhara Svāmī, o comentador original do Bhāgavatam, nem sempre há uma devastação após a mudança de cada Manu. Entretanto, essa inundação após o período de Cākṣuṣa Manu aconteceu para mostrar algumas maravilhas a Satyavrata. Contudo, Śrī Jīva Gosvāmī dá provas definitivas de escrituras autorizadas (como o Viṣṇu-dharmottara, Mārkaṇḍeya Purāṇa, Harivaṁśa etc.) de que sempre há uma devastação depois do fim de cada Manu. Śrīla Viśvanātha Cakravartī também apoia Śrīla Jīva Gosvāmī, citando o Bhāgavatāmṛta sobre essa inundação depois de cada Manu. Ademais, o Senhor Se encarnou nesse período em particular para mostrar especial favor a Satyavrata, um devoto do Senhor.