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VERSO 32

ataḥ paraṁ yad avyaktam
avyūḍha-guṇa-bṛṁhitam
adṛṣṭāśruta-vastutvāt
sa jīvo yat punar-bhavaḥ

ataḥ essa; param além; yat que; avyaktam imanifesta; avyūḍha sem configuração formal; guṇa-bṛṁhitam afetado pelas qualidades; adṛṣṭa invisível; aśruta inaudível; vastutvāt sendo assim; saḥ que; jivaḥ ser vivo; yat aquilo que; punaḥ-bhavaḥ nasce repetidamente.

Além dessa concepção grosseira de forma, há outra, ou seja, a concepção sutil de forma, a qual não tem configuração formal e é invisível, inaudível e imanifesta. O ser vivo tem sua forma além dessa sutileza, pois, de outro modo, não poderia ter repetidos nascimentos.

SIGNIFICADOAssim como a manifestação cósmica grosseira é concebida como o corpo gigantesco do Senhor, da mesma forma, existe a concepção de Sua forma sutil, que é simplesmente compreendida sem ser vista, ouvida ou manifestada. De fato, porém, todas essas concepções grosseiras ou sutis do corpo estão em relação com os seres vivos. Além dessa existência material grosseira ou da existência material psíquica sutil, o ser vivo tem sua forma espiritual. O corpo grosseiro e as funções psíquicas param de atuar tão logo o ser vivo deixa o corpo grosseiro visível. De fato, dizemos que o ser vivo foi embora porque ele está invisível e inaudível. Mesmo quando o corpo grosseiro não está agindo, por o ser vivo se encontrar em sono profundo, sabemos que ele está dentro do corpo por causa de sua respiração. Assim, a saída de um ser vivo do corpo não significa que a alma viva deixe de existir. Ela existe. De outro modo, como se repetiriam seus nascimentos um após o outro?

A conclusão é que o Senhor é eternamente existente em Sua forma transcendental, que não é nem grosseira, nem sutil, como a do ser vivo; Seu corpo não se compara de forma alguma aos corpos grosseiro e sutil do ser vivo. Todas essas concepções do corpo de Deus são imaginárias. O ser vivo tem sua forma espiritual eterna, que está condicionada apenas devido à sua contaminação material.

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