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VERSO 34

evaṁ nṛṇāṁ kriyā-yogāḥ
sarve saṁsṛti-hetavaḥ
ta evātma-vināśāya
kalpante kalpitāḥ pare

evam assim; nṛṇām — do ser humano; kriyā-yogāḥ todas as atividades; sarve tudo; saṁsṛti existência material; hetavaḥ — causas; te que; eva certamente; ātma a árvore do trabalho; vināśāya matando; kalpante tornam-se competentes; kalpitāḥ — dedicadas; pare à Transcendência.

Assim, quando todas as atividades dos homens são dedicadas ao serviço ao Senhor, essas mesmas atividades que causavam seu perpétuo cativeiro tornam-se o destruidor da árvore do trabalho.

SIGNIFICADOO trabalho fruitivo que tem ocupado perpetuamente o ser vivo é comparado à figueira-de-bengala na Bhagavad-gītā, porque é, com certeza, profundamente enraizado. Enquanto houver propensão a desfrutar do fruto do trabalho, a pessoa terá de prosseguir com a transmigração da alma de um corpo para outro, ou de um lugar para outro, de acordo com a natureza do trabalho de cada um. A propensão ao desfrute pode ser convertida no desejo de servir à missão do Senhor. Por fazermos assim, nossas atividades transformam-se em karma-yoga, ou o caminho pelo qual podemos alcançar a perfeição espiritual enquanto estamos ocupados no trabalho para o qual temos uma tendência natural. Aqui, a palavra ātmā indica as categorias de todo o trabalho fruitivo. A conclusão é que, quando o resultado de todo o trabalho fruitivo, e outros, for encaixado no serviço ao Senhor, ele deixará de produzir karma posterior e se desenvolverá, pouco a pouco, em serviço devocional transcendental, que irá não somente cortar por completo a raiz da figueira-de-bengala do trabalho, mas também transportará o executante aos pés de lótus do Senhor.

Em resumo, temos que, antes de tudo, buscar a companhia de devotos puros que sejam não apenas eruditos no Vedānta, mas também almas autorrealizadas e devotos imaculados do Senhor Śrī Kṛṣṇa, a Personalidade de Deus. Nessa associação, os devotos neófitos devem prestar serviço amoroso, física e mentalmente, sem reservas. Essa atitude de serviço induzirá as grandes almas a serem mais favoráveis ao conceder sua misericórdia, que injeta no neófito todas as qualidades transcendentais dos devotos puros. Gradualmente, isso se desenvolve num forte apego a ouvir os passatempos transcendentais do Senhor, que o faz apto a alcançar a posição constitucional dos corpos grosseiro e sutil, e, além deles, o conhecimento da alma pura e sua relação eterna com a Alma Suprema, a Personalidade de Deus. Depois que a relação é descoberta, através do estabelecimento da relação eterna, o serviço devocional puro ao Senhor começa gradualmente a se desenvolver em conhecimento perfeito da Personalidade de Deus, além do alcance do Brahman impessoal e do Paramātmā localizado. Mediante tal puruṣottama-yoga, como se afirma na Bhagavad-gītā, uma pessoa torna-se perfeita mesmo durante a atual existência corpórea, e manifesta todas as boas qualidades do Senhor até a mais elevada porcentagem. Esse é o desenvolvimento gradual, através da associação com os devotos puros.

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