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VERSO 34

pathi pragrahiṇaṁ kaṁsam
ābhāṣyāhāśarīra-vāk
asyās tvām aṣṭamo garbho
hantā yāṁ vahase ’budha

pathi — na estrada; pragrahiṇam — que estava manobrando as rédeas dos cavalos; kaṁsam — a Kaṁsa; ābhāṣya — dirigindo-se; āha — disse; a-śarīra-vāk — uma voz vindo de alguém cujo corpo era invisível; asyāḥ — desta jovem (Devakī); tvām — tu; aṣṭamaḥ — a oitava; garbhaḥ — gravidez; hantā — matador; yām — aquela que; vahase — esta, carregando; abudha — seu patife tolo.

Enquanto Kaṁsa, controlando as rédeas dos cavalos, dirigia a quadriga pela estrada, uma voz vinda do alto dirigiu-se a ele: “Seu patife tolo, a oitava criança da mulher que carregas te matará”!­

SIGNIFICADO—O presságio falou de aṣṭamo garbhaḥ, referindo-se à oitava gravidez, mas não mencionou claramente se a criança seria um filho ou uma filha. Mesmo que, no final das contas, visse que a oitava criança de Devakī era uma filha, Kaṁsa não deveria ter dúvida alguma de que ela iria matá-lo. De acordo com o dicionário Viśva-kośa, a pala­vra garbha significa “embrião” e também arbhaka, ou “criança”. Kaṁsa tinha afeição por sua irmã e, portanto, fez questão de ser o quadrigário que conduziria tanto a noiva quanto o cunhado para o lar deles. Os semideuses, entretanto, não queriam que Kaṁsa fosse afetuoso com Devakī e portanto, de uma posição invisível, eles encorajaram Kaṁsa a ofendê-la. Ademais, os seis filhos de Ma­rīci foram amaldiçoados a nascer no ventre de Devakī e, ao serem mortos por Kaṁsa, eles se libertariam. Ao compreender que Kaṁsa seria morto pela Suprema Personalidade de Deus, que apareceria de seu ventre, Devakī sentiu muita alegria. A palavra vahase também é significativa porque indica que a vibração agourenta condenou Kaṁsa por este agir exatamente como uma besta de carga, transportando a mãe do seu inimigo.

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