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VERSO 21

ko vetti bhūman bhagavan parātman
yogeśvarotīr bhavatas tri-lokyām
kva vā kathaṁ vā kati vā kadeti
vistārayan krīḍasi yoga-māyām

kaḥ — quem; vetti — conhece; bhūman — ó supremo e grandioso; bhagavan — ó Suprema Personalidade de Deus; para-ātman — ó Alma Suprema; yoga-īśvara — ó mestre do poder místico; ūtīḥ — os passatempos; bhavataḥ — de Vossa Onipotência; tri-lokyām — nos três mundos; kva — onde; — ou; katham — como; — ou; kati — quantas; — ou; kadā — quando; iti — assim; vistārayan — expandindo; krīḍasi — empregais; yoga-māyām — Vossa energia espiritual.

Ó pessoa suprema! Ó Suprema Personalidade de Deus! Ó Su­peralma, senhor de todo o poder místico! Vossos passatempos sucedem-se continuamente nestes três mundos, mas quem pode avaliar onde, como e quando empregais Vossa energia espiritual e executais estes inumeráveis passatempos? Ninguém pode compreender o mistério sobre a atuação de Vossa energia espiritual.

SIGNIFICADO—Brahmā afirmou antes que o Senhor Kṛṣṇa encarna entre os semi­deuses, os seres humanos, os animais, os peixes etc. Isso não significa, porém, que o Senhor Se degrade ao aparecer sob a forma de Suas encarnações. Como Brahmā esclarece nesta passagem, nenhuma alma condicionada pode compreender a natureza transcendental das atividades do Senhor, as quais Ele encena através de Sua potência espiritual. Embora seja bhūman, a pessoa suprema, o Senhor ainda é Bhagavān, a personalidade de beleza suprema que exibe passatempos de amor em Sua própria morada. Ao mesmo tempo, Ele é Paramātmā, a Superalma onipenetrante, que testemunha e sanciona todas as ati­vidades das almas condicionadas. A identidade múltipla do Senhor é explicada pelo termo yogeśvara. A Verdade Absoluta é o senhor de todas as potências místicas, e embora seja única e suprema, ma­nifesta Sua grandeza e opulência de muitas maneiras diferentes.

Tais assuntos espirituais elevados dificilmente podem ser com­preendidos por pessoas tolas que, de modo primitivo, identificam-se com o insignificante corpo material. Essas almas condicionadas, tais como os cientistas ateus, consideram suprema sua inteligência arro­gante. Ingenuamente, depositam com muita firmeza sua fé na ilusão material e se deixam capturar pelos modos da natureza e são arrastados para bem longe do conhecimento a respeito de Deus.

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