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VERSO 29

athāpi te deva padāmbuja-dvaya-
prasāda-leśānugṛhīta eva hi
jānāti tattvaṁ bhagavan-mahimno
na cānya eko ’pi ciraṁ vicinvan

atha — portanto; api — deveras; te — Vossos; deva — meu Senhor; pada-ambuja-dvaya — dos dois pés de lótus; prasāda — da misericór­dia; leśa — apenas por um indício; anugṛhītaḥ — favorecido; eva — decerto; hi — de fato; jānāti — alguém conhece; tattvam — a verdade; bhagavat — da Suprema Personalidade de Deus; mahimnaḥ — da gran­deza; na — nunca; ca — e; anyaḥ — outro; ekaḥ — um; api — embora; ciram — por um longo período; vicinvan — especulando.

Meu Senhor, se alguém é favorecido mesmo que por um leve indício da misericórdia de Teus pés de lótus, pode compreender a grandeza de Vossa personalidade. Mas aqueles que especulam a fim de compreender a Suprema Personalidade de Deus são in­capazes de conhecer-Vos, muito embora continuem a estudar os Vedas por muitos anos.

SIGNIFICADO—Esta tradução é extraída do Caitanya-caritāmṛta, Madhya-līlā, capí­tulo seis, verso 84, de Śrīla Prabhupāda.

O Senhor Kṛṣṇa está muito ansioso por conceder Sua misericór­dia aos seres vivos condicionados, que, em vão, estão lutando com a energia ilusória do Senhor, māyā. A alma condicionada luta para lograr felicidade através do gozo dos sentidos e obter conhecimento através da especulação mental. Ambos os processos acabam levan­do a alma condicionada a uma condição melancólica e desesperada. Se a alma condicio­nada se rende aos pés de lótus do Senhor Kṛṣṇa e, assim, adquire mesmo que um leve indício de Sua misericórdia imotivada, toda a situação muda, e ela pode começar sua verdadeira vida de bem-aventurança e conhecimento em consciência de Kṛṣṇa.

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