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VERSO 2

tan mādhavo veṇum udīrayan vṛto
gopair gṛṇadbhiḥ sva-yaśo balānvitaḥ
paśūn puraskṛtya paśavyam āviśad
vihartu-kāmaḥ kusumākaraṁ vanam

tat — assim; mādhavaḥ — o Senhor Śrī Mādhava; veṇum — Sua flauta; udīrayan — soando; vṛtaḥ — rodeado; gopaiḥ — pelos vaqueirinhos; gṛṇadbhiḥ — que cantavam; sva-yaśaḥ — Suas glórias; bala-anvitaḥ — acompanhado pelo Senhor Balarāma; paśūn — os animais; puras­kṛtya — mantendo na frente; paśavyam — cheia de alimento para as vacas; āviśat — Ele entrou; vihartu-kāmaḥ — desejando desfrutar pas­satempos; kusuma-ākaram — rica em flores; vanam — na floresta.

Com o desejo de Se deleitar com passatempos, o Senhor Mādhava, soando Sua flauta, rodeado pelos vaqueirinhos que canta­vam Suas glórias e pelo Senhor Baladeva, trazendo as vacas a Sua frente, entrou na floresta de Vṛndāvana, que era cheia de flores e rica em alimentos para os animais.

SIGNIFICADO—Śrīla Sanātana Gosvāmī explicou os vários sentidos da palavra mādhava da seguinte maneira: Mādhava, normalmente, refere-se a Kṛṣṇa como “o Senhor, aquele que é o consorte da deusa da fortuna, Lakṣmī.” Esse nome também sugere que o Senhor Kṛṣṇa fez Seu advento na dinastia de Madhu. Visto que a estação da primavera também é conhecida como mādhava, entende-se que logo que o Senhor Kṛṣṇa entrava na floresta de Vṛndāvana, esta exibia automaticamente todas as opulên­cias da primavera, enchendo-se de flores, brisas e de uma atmos­fera celestial. Outra razão para o Senhor Kṛṣṇa ser conhecido como Mādhava é que Ele desfruta de passatempos em madhu, isto é, passatempos no sabor do amor conjugal.

Enquanto entrava na floresta de Śrī Vṛndāvana, o Senhor Kṛṣṇa soava alto Sua flauta, proporcionando, dessa maneira, inconcebível bem-aventurança a todos os residentes de Sua cidade natal, Vraja-dhāma. Esses passatempos simples de entrar alegremente na floresta, tocar flauta e assim por diante eram executados todo dia na terra espiritual de Vṛndāvana.

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