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VERSO 35

sarva-svaṁ jaladā hitvā
virejuḥ śubhra-varcasaḥ
yathā tyaktaiṣaṇāḥ śāntā
munayo mukta-kilbiṣāḥ

sarva-svam — tudo o que possuíam; jala-dāḥ — as nuvens; hitvā — tendo abandonado; virejuḥ — brilharam; śubhra — pura; varcasaḥ­ — sua refulgência; yathā — assim como; tyakta-eṣaṇāḥ — que abandona­ram todos os desejos; śāntāḥ — pacificados; munayaḥ — sábios; mukta­-kilbiṣāḥ — livres das más tendências.

As nuvens, tendo abandonado tudo o que possuíam, brilharam com refulgência purificada, assim como sábios tranquilos que abandonaram todos os desejos materiais e, assim, estão livres de todas as propensões pecaminosas.

SIGNIFICADOQuando estão cheias de água, as nuvens ficam escuras e cobrem os raios do Sol, assim como a mente material de um homem impuro encobre a alma que brilha no seu interior. Contudo, ao descarregarem a chuva, as nuvens ficam brancas e então refletem brilhantemente o Sol reluzente, assim como o homem que abandona todos os desejos materiais e propensões pecaminosas se purifica e, então, reflete brilhan­temente sua própria alma e a Alma Suprema que habita dentro dele.

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