VERSO 15
nadyas tadā tad upadhārya mukunda-gītam
āvarta-lakṣita-manobhava-bhagna-vegāḥ
āliṅgana-sthagitam ūrmi-bhujair murārer
gṛhṇanti pāda-yugalaṁ kamalopahārāḥ
nadyaḥ — os rios; tadā — então; tat — isto; upadhārya — percebendo; mukunda — do Senhor Kṛṣṇa; gītam — a canção de Sua flauta; āvarta — por seus redemoinhos; lakṣita — manifesto; manaḥ-bhava — pelo seu desejo conjugal; bhagna — quebradas; vegāḥ — suas correntes; āliṅgana — por seu abraço; sthagitam — mantidos estacionários; ūrmi-bhujaiḥ — pelos braços de suas ondas; murāreḥ — do Senhor Murāri; gṛhṇanti — agarram; pāda-yugalam — os dois pés de lótus; kamala-upahārāḥ — levando oferendas de flores de lótus.
Quando os rios ouvem o som da flauta de Kṛṣṇa, suas mentes começam a desejá-lO, e assim rompe-se o fluxo de suas correntes e suas águas se agitam, formando redemoinhos. Então, com os braços de suas ondas, os rios abraçam os pés de lótus de Murāri e, agarrando-se a eles, presenteiam-nos com oferendas de flores de lótus.
SIGNIFICADO—Mesmo extensões de águas sagradas tais como o Yamunā e o Mānasa-gaṅgā ficam encantadas com o som da flauta e, dessa maneira, ficam perturbadas pela atração conjugal ao jovem Kṛṣṇa. As gopīs estão deduzindo que, como muitas diferentes espécies de seres vivos são dominadas pelo amor conjugal a Kṛṣṇa, por que as gopīs deveriam ser criticadas por seu intenso desejo de servir a Kṛṣṇa na relação conjugal?