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VERSO 47

hitvānyān bhajate yaṁ śrīḥ
pāda-sparśāśayāsakṛt
svātma-doṣāpavargeṇa
tad-yācñā jana-mohinī

hitvā — abandonando; anyān — outros; bhajate — adora; yam — o Senhor; śrīḥ — a deusa da fortuna; pāda-sparśa — de tocar Seus pés de lótus; āśayā — com o desejo; asakṛt — constantemente; sva-ātma — dela mesma; doṣa — os defeitos (caracterizados por inconstância e or­gulho); apavargeṇa — deixando de lado; tat — dEle; yācñā — mendi­cância; jana — para seres humanos comuns; mohinī — desconcertante.

Ávida pela oportunidade de tocar-Lhe os pés de lótus, a deusa da fortuna perpetuamente O adora com exclusividade, deixando de lado todos os demais e renunciando a seu orgulho e inconstân­cia. O fato de Ele mendigar é sem dúvida algo espantoso para todos.

SIGNIFICADOÉ óbvio que o mestre supremo da própria deusa da fortuna não precisa mendigar comida, como ressaltam aqui os brāhmaṇas, que enfim estão manifestando verdadeira inteligência espiritual.

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