VERSO 16
svabhāva-tantro hi janaḥ
svabhāvam anuvartate
svabhāva-stham idaṁ sarvaṁ
sa-devāsura-mānuṣam
svabhāva — de sua natureza condicionada; tantraḥ — sob o controle; hi — de fato; janaḥ — uma pessoa; svabhāvam — sua natureza; anuvartate — segue; svabhāva-stham — baseado em propensões condicionadas; idam — este mundo; sarvam — inteiro; sa — junto com; deva — os semideuses; asura — os demônios; mānuṣam — e a humanidade.
Todo indivíduo está sob o controle de sua própria natureza condicionada e, por isso, deve seguir essa natureza. Este universo inteiro, com todos os seus semideuses, demônios e seres humanos, sustenta-se na natureza condicionada das entidades vivas.
SIGNIFICADO—Aqui o Senhor Kṛṣṇa desenvolve o argumento dado no verso precedente. Já que tudo depende de svabhāva, ou a natureza condicionada da pessoa, por que se dar ao trabalho de adorar Deus ou os semideuses? Esse argumento seria sublime caso svabhāva, ou a natureza condicionada, fosse onipotente. Infelizmente, contudo, não é o caso. Existe um controlador supremo e devemos adorá-lO, como o Senhor Kṛṣṇa revelará enfaticamente neste capítulo do Śrīmad-Bhāgavatam. No momento, porém, Ele está contente em fazer troça com Seus parentes.