No edit permissions for Português

VERSO 7

ajānatā māmakena
mūḍhenākārya-vedinā
ānīto ’yaṁ tava pitā
tad bhavān kṣantum arhati

ajānatā — por alguém que era ignorante; māmakena — por meu servo; mūḍhena — tolo; akārya-vedinā — que desconhecia seu dever correto; ānītaḥ — foi trazida; ayam — esta pessoa; tava — Vosso; pitā — pai; tat — isto; bhavān — Vós; kṣantum arhati — por favor, perdoai.

Vosso pai, que se encontra sentado aqui, foi trazido a mim por um tolo e ignorante servo meu, que não entendeu sua devida obrigação. Portanto, por favor, perdoai-nos.

SIGNIFICADO—A palavra ayam, “este aqui”, indica claramente que o pai de Kṛṣṇa, Nanda Mahārāja, estava presente enquanto Varuṇa falava. De fato, Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura afirma que Varuṇa sentara Nanda Mahārāja em um trono de joias e, por respeito, adorara-o pessoalmente.

Do ponto de vista técnico, Nanda Mahārāja estava correto em entrar na água pouco antes do nascer do Sol. Śrīla Jīva Gosvāmī apresenta a seguinte explicação em seu comentário sobre o primeiro verso deste capítulo: Depois de um Ekādaśī especialmente curto, com a duração de apenas dezoito horas, cerca de seis horas do dia lunar em que se devia quebrar o jejum, a saber, o Dvādaśī, já haviam passado antes da aurora. Como, ao nascer do Sol, já teria passado o momento ade­quado para quebrar o jejum, Nanda Mahārāja decidiu entrar na água em um momento que, sob outro aspecto, era inauspicioso.

É evidente que o servo de Varuṇa devia estar ciente destes detalhes técnicos, prescritos aos seguidores estritos dos rituais védicos. Acima e além disso, Nanda Mahārāja estava agindo como pai do Senhor Supremo e era, portanto, uma pessoa sacratíssima, fora da alçada de insignificantes burocratas cósmicos, como o tolo servo de Varuṇa.

« Previous Next »