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VERSO 3

dṛṣṭvā kumudvantam akhaṇḍa-maṇḍalaṁ
ramānanābhaṁ nava-kuṅkumāruṇam
vanaṁ ca tat-komala-gobhī rañjitaṁ
jagau kalaṁ vāma-dṛśāṁ manoharam

dṛṣṭvā — observando; kumut-vantam — fazendo desabrocharem os lótus kumu­da, que florescem à noite; akhaṇḍa — completo; maṇḍalam — o disco de cujo rosto; ramā — da deusa da fortuna; ānana — (assemelhando-se) ao rosto; ābham — cuja luz; nava — novo; kuṅkuma — com pó de vermelhão; aruṇam — avermelhada; vanam — a floresta; ca — e; tat — daquela Lua; komala — gentil; gobhiḥ — pelos raios; rañjitam — colorida; jagau — Ele tocava Sua flauta; kalam — docemente; vāma-dṛśām — para as jovens de olhos encantadores; manaḥ-haram — encantando.

O Senhor Kṛṣṇa viu o disco completo da lua cheia resplandecente com a refulgência rubra do vermelhão recém-aplicado, como se fosse o rosto da deusa da fortuna. Viu também os lótus kumuda abrindo-se em resposta à presença da Lua, e viu a floresta gentilmente iluminada por seus raios. Então, o Senhor começou a tocar Sua flauta com muita doçura, atraindo as mentes das gopīs de belos olhos.

SIGNIFICADO—A palavra jagau neste verso indica que o Senhor Kṛṣṇa tocava canções em Sua flauta, como o confirma o verso quarenta com as palavras kā stry aṅga te kala-padāyata-veṇu-gītā. A palavra ramā pode indicar não só a consorte do Senhor Viṣṇu, mas também Śrīmatī Rādhārāṇī, a deusa da fortuna original. O Senhor Kṛṣṇa apareceu na dinastia do deus da Lua, e a Lua desempenha um papel preeminente aqui na preparação da entrada do Senhor na dança da rāsa.

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