VERSOS 45-46
nadyāḥ pulinam āviśya
gopībhir hima-vālukam
juṣṭaṁ tat-taralānandi
kumudāmoda-vāyunā
bāhu-prasāra-parirambha-karālakoru
nīvī-stanālabhana-narma-nakhāgra-pātaiḥ
kṣvelyāvaloka-hasitair vraja-sundarīṇām
uttambhayan rati-patiṁ ramayāṁ cakāra
nadyān — o rio; pulinam — a margem; āviśya — entrando; gopībhiḥ — junto com as gopīs; hima — fria; vālukam — por sua areia; juṣṭam — servida; tat — dele; tarala — pelas ondas; ānandi — tornando alegre; kumuda — dos lótus; āmoda — (levando) a fragrância; vāyunā — pelo vento; bāhu — de Seus braços; prasāra — com o atirar; parirambha — com abraços; kara — das mãos delas; alaka — cabelo; ūru — coxas; nīvī — cintos; stana — e seios; ālabhana — com o toque; narma — de brincadeira; nakha — das unhas; agra-pātaiḥ — com o arranhar; kṣvelyā — com conversa divertida: avaloka — olhares; hasitaiḥ — e riso; vraja-sundarīṇām — para as belas jovens de Vraja; uttambhayan — incitando; rati-patim — o Cupido; ramayām cakāra — teve prazer.
Śrī Kṛṣṇa foi com as gopīs à margem do Yamunā, onde a areia era refrescante e onde o vento, animado com as ondas do rio, carregava a fragrância dos lótus. Ali, Kṛṣṇa atirou os braços em volta das gopīs e as abraçou. Ele despertou o Cupido nas belas jovens de Vraja ao tocar-lhes as mãos, cabelos, coxas, cintos e seios e arranhá-las de brincadeira com Suas unhas, e também ao gracejar com elas, olhar para elas e rir com elas. Dessa maneira, o Senhor desfrutava de Seus passatempos.