No edit permissions for Português

VERSO 51

nanda-vrajaṁ śaurir upetya tatra tān
gopān prasuptān upalabhya nidrayā
sutaṁ yaśodā-śayane nidhāya tat-
sutām upādāya punar gṛhān agāt

nanda-vrajam — a vila ou a casa de Nanda Mahārāja; śauriḥ — Vasudeva; upetya — alcançando; tatra — lá; tān — todos os membros; gopān — os vaqueiros; prasuptān — estavam profundamente adormecidos; upalabhya — entendendo isto; nidrayā — em sono profundo; sutam — o filho (filho de Vasudeva); yaśodā-śayane — na cama onde mãe Yaśodā dormia; nidhaya — pondo; tat-sutām — a filha dela; upā­dāya — pegando; punaḥ — novamente; gṛhān — para a sua própria casa; agāt — retornou.

Ao alcançar a casa de Nanda Mahārāja, Vasudeva viu que todos os vaqueiros estavam profundamente adormecidos. Assim, ele pôs seu próprio filho na cama de Yaśoda, pegou-lhe a filha, uma expansão de Yogamāyā, e, em seguida, regressou à sua residência, a prisão na casa de Kaṁsa.

SIGNIFICADO—Vasudeva sabia muito bem que, tão logo a filha estivesse na prisão que ficava na casa de Kaṁsa, esse imediatamente a mataria, mas, para proteger seu próprio filho, ele teria de deixar morrer a filha de seu amigo. Nanda Mahārāja era seu amigo, mas, devido à pro­funda afeição e apego a seu próprio filho, ele tomou essa atitude deliberadamente. Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura diz que ninguém pode ser censurado por proteger seu próprio filho com o sacrifício do filho de outrem. Ademais, Vasudeva não pode ser acusado de insensibilidade, uma vez que suas ações foram impelidas pela força de Yogamāyā.

« Previous Next »