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VERSOS 12-13

sarpa uvāca
ahaṁ vidyādharaḥ kaścit
sudarśana iti śrutaḥ
śriyā svarūpa-sampattyā
vimānenācaran diśaḥ

ṛṣīn virūpāṅgirasaḥ
prāhasaṁ rūpa-darpitaḥ
tair imāṁ prāpito yoniṁ
pralabdhaiḥ svena pāpmanā

sarpaḥ uvāca — a serpente disse; aham — eu; vidyādharaḥ — um Vidyādhara; kaścit — certo; sudarśanaḥ — Sudarśana; iti — assim; śrutaḥ — bem conhecido; śriyā — com opulência; svarūpa — de minha forma pessoal; sampattyā — com a qualidade; vimānena — em meu aeropla­no; ācaran — divagando; diśaḥ — pelas direções; ṛṣīn — sábios; virū­pa — deformados; āṅgirasaḥ — da sucessão discipular de Āṅgirā Muni; prāhasam — ridicularizei; rūpa — por causa da beleza; darpitaḥ — excessivamente vaidoso; taiḥ — por eles; imām — este; prāpitaḥ — forçado a assumir; yonim — nascimento; pralabdhaiḥ — objeto de riso; svena — por causa de minha própria; pāpmanā — ação pecaminosa.

A serpente respondeu: Sou o célebre Vidyādhara chamado Sudarśana. Eu era muito opulento e belo, e costumava vagar livremente por todas as direções em meu aeroplano. Certa vez, eu vi alguns sábios de aparência desagradável da linhagem de Āṅgirā Muni. Orgulhoso de minha beleza, eu os ridicularizei, e eles, por causa de meu pecado, fizeram-me assumir esta forma inferior.

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