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VERSO 7

kaṁso batādyākṛta me ’ty-anugrahaṁ
drakṣye ’ṅghri-padmaṁ prahito ’munā hareḥ
kṛtāvatārasya duratyayaṁ tamaḥ
pūrve ’taran yan-nakha-maṇḍala-tviṣā

kaṁsaḥ — o rei Kaṁsa; bata — de fato; adya — hoje; akṛta — fez; me — para comigo; ati-anugraham — um ato de extrema bondade; drakṣye — verei; aṅghri-padmam — aos pés de lótus; prahitaḥ — envia­do; amunā — por ele; hareḥ — da Suprema Personalidade de Deus; kṛta — que representou; avatārasya — Seu advento a este mundo; duratyayam — insuperável; tamaḥ — a escuridão da existência mate­rial; pūrve — pessoas no passado; ataran — transcenderam; yat — cuja; nakha-maṇḍala — do círculo das unhas dos dedos dos pés; tviṣā — pela refulgência.

De fato, hoje o rei Kaṁsa concedeu-me extrema misericórdia ao enviar-me para ver os pés de lótus do Senhor Hari, que agora apareceu neste mundo. Devido apenas à refulgência das unhas dos dedos de Seus pés, muitas almas no passado transcenderam a insuperável escuridão da existência material e alcançaram a liberação.

SIGNIFICADO—Akrūra notou como era irônico o fato de o invejoso e demoníaco Kaṁsa ter-lhe dado uma bênção extraordinária ao enviá-lo para ver o Supremo Senhor Kṛṣṇa.

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