VERSOS 44-45
bhūyas tatrāpi so ’drākṣīt
stūyamānam ahīśvaram
siddha-cāraṇa-gandharvair
asurair nata-kandharaiḥ
sahasra-śirasaṁ devaṁ
sahasra-phaṇa-maulinam
nīlāmbaraṁ visa-śvetaṁ
śṛṅgaiḥ śvetam iva sthitam
bhūyaḥ — de novo; tatra api — naquele mesmo lugar; saḥ — ele; adrākṣīt — viu; stūyamānam — sendo louvado; ahi-īśvaram — o Senhor das serpentes (Ananta Śeṣa, a expansão plenária do Senhor Balarāma que serve de leito para Viṣṇu); siddha-cāraṇa-gandharvaiḥ — por Siddhas, Cāraṇas e Gandharvas; asuraiḥ — e por demônios; nata — inclinados; kandharaiḥ — cujos pescoços; sahasra — com milhares; śirasam — de cabeças; devam — o Senhor Supremo; sahasra — com milhares; phaṇa — de capelos; maulinam — e elmos; nīla — azul; ambaram — cuja roupa; visa — como os filamentos do caule do lótus; śvetam — branco; śṛṅgaiḥ — com seus picos; śvetam — a montanha Kailāsa; iva — como se; sthitam — situado.
Ali, Akrūra viu desta vez Ananta Śeṣa, o Senhor das serpentes, recebendo louvores dos Siddhas, Cāraṇas, Gandharvas e demônios, todos com a cabeça inclinada. A Personalidade de Deus que Akrūra viu tinha milhares de cabeças, milhares de capelos e milhares de elmos. Seus trajes azuis e tez clara, tão branca como os filamentos do caule de um lótus, faziam-nO parecer a branca montanha Kailāsa com seus muitos picos.