VERSOS 56-57
vilokya su-bhṛśaṁ prīto
bhaktyā paramayā yutaḥ
hṛṣyat-tanūruho bhāva-
pariklinnātma-locanaḥ
girā gadgadayāstauṣīt
sattvam ālambya sātvataḥ
praṇamya mūrdhnāvahitaḥ
kṛtāñjali-puṭaḥ śanaiḥ
vilokya — (Akrūra) vendo; su-bhṛśam — muito; prītaḥ — satisfeito; bhaktyā — com devoção; paramayā — suprema; yutaḥ — entusiasmado; hṛṣyat — arrepiados; tanū-ruhaḥ — os pelos do corpo; bhāva — por causa do êxtase amoroso; pariklinna — molhados; ātma — seu corpo; locanaḥ — e olhos; girā — com palavras; gadgadayā — sufocando; astauṣīt — ofereceu homenagem; sattvam — sobriedade; ālambya — conseguindo; sātvataḥ — o sublime devoto; praṇamya — curvando-se; mūrdhnā — com a cabeça; avahitaḥ — com atenção; kṛta-añjali-puṭaḥ — de mãos postas em súplica; śanaiḥ — devagar.
Enquanto contemplava tudo isso, o sublime devoto Akrūra ficou extremamente satisfeito e entusiasmado com devoção transcendental. Seu intenso êxtase fez com que os pelos de seu corpo se arrepiassem e lágrimas fluíssem de seus olhos, encharcando-lhe todo o corpo. Conseguindo de algum modo controlar-se, Akrūra prostrou a cabeça no chão. Então, de mãos postas em súplica e com a voz embargada de emoção, começou a orar bem devagar e com atenção.
Neste ponto, encerram-se os significados apresentados pelos humildes servos de Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupāda referentes ao décimo canto, trigésimo nono capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “A Visão de Akrūra”.