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VERSO 4

kālena snāna-śaucābhyāṁ
saṁskārais tapasejyayā
śudhyanti dānaiḥ santuṣṭyā
dravyāṇy ātmātma-vidyayā

kālena — com o decorrer do tempo (a terra e outras coisas materiais purificam-se); snāna-śaucābhyām — banhando-se (o corpo purifica-se) e através da limpeza (as coisas sujas purificam-se); saṁskāraiḥ — através dos processos purificatórios (o nascimento purifica-se); tapa­sā — através da austeridade (os sentidos purificam-se); ijyayā — através da adoração (os brāhmaṇas purificam-se); śudhyanti — purificam-se; dānaiḥ — através da caridade (a riqueza purifica-se); santuṣṭyā — através da satisfação (a mente purifica-se); dravyāṇi — todas as posses materiais, tais como vacas, terra e ouro; ātmā — a alma (purifica-se); ātma-vidyayā — através da autorrealização.

Ó rei, com o passar do tempo, a terra e as outras posses materiais purificam-se; banhando-se, o corpo purifica-se, e, através da limpeza, as coisas sujas purificam-se. Através de cerimônias purificatórias, o nascimento purifica-se; através da austeridade, os sentidos purifi­cam-se, e, através da adoração e caridade oferecida aos brāhmaṇas, as posses materiais purificam-se. Através da satisfação, a mente pu­rifica-se, e, através da autorrealização, ou consciência de Kṛṣṇa, a alma purifica-se.

SIGNIFICADO—Esses são preceitos dos śāstras segundo os quais alguém pode purifi­car tudo de acordo com a civilização védica. A menos que seja puri­ficado, o que quer que usemos nos encherá de contaminações. Há cinco mil anos, na Índia, inclusive em vilas como a de Mahārāja Nanda, as pessoas sabiam como purificar tudo, de modo que até mesmo a vida material eles desfrutavam sem contaminação.

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