VERSO 7
gāvo vṛṣā vatsatarā
haridrā-taila-rūṣitāḥ
vicitra-dhātu-barhasrag-
vastra-kāñcana-mālinaḥ
gāvaḥ — as vacas; vṛṣāḥ — os touros; vatsatarāḥ — os bezerros; haridrā — com uma mistura de cúrcuma; taila — e óleo; rūṣitāḥ — todos os seus corpos untados; vicitra — decoradas variedades de; dhātu — minerais coloridos; barha-srak — guirlandas de pena de pavão; vastra — roupas; kāñcana — adornos de ouro; mālinaḥ — estando decorados com guirlandas.
As vacas, os touros e os bezerros foram intensamente untados com uma mistura de cúrcuma e óleo, à qual se acrescentaram muitas variedades de minerais. Suas cabeças foram enfeitadas com penas de pavão, e eles foram enguirlandados e cobertos com tecidos e adornos de ouro.
SIGNIFICADO—Na Bhagavad-gītā (18.44), a Suprema Personalidade de Deus ensina que kṛṣi-go-rakṣya-vāṇijyaṁ vaiśya-karma-svabhāvajam: “A agricultura, a proteção às vacas e o comércio são trabalhos para os quais os vaiśyas estão qualificados.” Nanda Mahārāja pertencia à comunidade vaiśya, a comunidade agrícola. Nestes versos, explica-se como proteger as vacas e mostra-se quão rica era essa comunidade. Dificilmente podemos imaginar que as vacas, touros e bezerros recebessem um tratamento tão esmerado e fossem tão bem decorados com roupas e preciosos adornos de ouro. Quão felizes eles eram! Como se descreve em outra passagem do Bhāgavatam, durante a época de Mahārāja Yudhiṣṭhira, as vacas eram tão felizes que costumavam ensopar o campo de pastagem com leite. Eis a civilização indiana. Entretanto, no mesmo lugar, Índia, Bhārata-varṣa, quantas pessoas estão sofrendo porque abandonaram o modo de vida védico e deixaram de compreender os ensinamentos da Bhagavad-gītā!