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VERSO 44

rurodha mathurām etya
tisṛbhir mleccha-koṭibhiḥ
nṛ-loke cāpratidvandvo
vṛṣṇīn śrutvātma-sammitān

rurodha — assediou; mathurām — Mathurā; etya — chegando lá; tisbhi — três vezes; mleccha — com bárbaros; koibhi — dez milhões; n-loke — dentre a humanidade; ca — e; apratidvandva — sem ter um rival adequado; vṛṣṇīn — que os Vṛṣṇis; śrutvā — tendo ouvido; ātma — a ele; sammitān — comparáveis.

Chegando a Mathurā, esse yavana sitiou a cidade com trinta milhões de soldados bárbaros. Ele jamais encontrara um rival humano digno de combate, mas ouvira dizer que os Vṛṣṇis eram páreos para ele.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī cita a passagem do Viṣṇu Purāa que narra a história de Kālayavana: “Certa vez, Gārgya foi ridicularizado por seu cunhado, que o chamou de eunuco, e quando os Yādavas ouviram isso, puseram-se a gargalhar. Enfurecido com a gargalhada deles, Gārgya partiu para o sul, pensando: ‘Que eu tenha um filho que aterrorize os Yādavas.’ Ele adorou o Senhor Mahādeva comendo ferro em pó e, depois de doze anos, obteve a bênção que desejava. Muito contente, voltou para casa.”

O Viṣṇu Purāa prossegue: “Mais tarde, quando o rei dos yavanas, que não tinha filhos, solicitou dele um filho, Gārgya gerou na esposa do yavana um filho, Kālayavana. Kālayavana possuía a fúria do senhor Śiva em seu aspecto de Mahākāla. Certa vez, Kālayavana perguntou a Nārada: ‘Quem são agora os mais fortes reis sobre a Terra?’ Nārada respondeu que eram os Yadus. Assim, enviado por Nārada, Kālayavana apareceu em Mathurā.”

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