VERSO 31
vayaṁ tu puruṣa-vyāghra
aikṣvākāḥ kṣatra-bandhavaḥ
mucukunda iti prokto
yauvanāśvātmajaḥ prabho
vayam — nós; tu — por outro lado; puruṣa — entre os homens; vyāghra — ó tigre; aikṣvākāḥ — descendentes de Ikṣvāku; kṣatra — dos kṣatriyas; bandhavaḥ — membros da família; mucukundaḥ — Mucukunda; iti — assim; proktaḥ — chamado; yauvanāśva — de Yauvanāśva (Māndhātā, o filho de Yuvanāśva); ātma-jaḥ — o filho; prabho — ó Senhor.
Quanto a nós, ó tigre entre os homens, pertencemos a uma família de kṣatriyas decaídos, descendentes do rei Ikṣvāku. Meu nome é Mucukunda, meu Senhor, e sou filho de Yauvanāśva.
SIGNIFICADO—É comum na cultura védica que um kṣatriya, por humildade, apresente-se como kṣatra-bandhu, mero parente de uma família kṣatriya, ou, em outras palavras, um kṣatriya decaído. Na antiga cultura védica, reivindicar determinada posição com base em relações familiares era por si só indicativo de uma posição decaída. Os kṣatriyas e brāhmaṇas devem receber seu status de acordo com seu mérito, por suas qualidades de trabalho e caráter. Quando o sistema de casta na Índia se degenerou, as pessoas passaram orgulhosamente a se dizer parentes de kṣatriyas ou brāhmaṇas, embora no passado tal alegação, desacompanhada de qualificações tangíveis, indicasse uma posição caída.