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VERSO 2

saṁvīkṣya kṣullakān martyān
paśūn vīrud-vanaspatīn
matvā kali-yugaṁ prāptaṁ
jagāma diśam uttarām

savīkya — notando; kullakān — minúsculos; martyān — os seres humanos; paśūn — animais; vīrut — plantas; vanaspatīn — e árvores; matvā — considerando; kali-yugam — a era de Kali; prāptam — tendo chegado; jagāma — foi; diśam — para a direção; uttarām — norte.

Vendo que o tamanho de todos os seres humanos, animais, árvores e plantas fora severamente reduzido, e percebendo assim que a era de Kali estava prestes a começar, Mucukunda partiu rumo ao norte.

SIGNIFICADO—Há várias palavras significativas neste verso. Um clássico dicio­nário sânscrito fornece os seguintes significados para a palavra kullaka: “pequeno, baixo, vil, pobre, indigente, perverso, maligno, desam­parado, duro, atormentado, aflito”. Esses são os sintomas da era de Kali, e aqui se diz que todas essas qualidades se aplicam aos homens, animais, plantas e árvores nesta era. Nós que somos apaixonados por nós mesmos e por nosso ambiente talvez possamos imaginar a beleza e as condições de vida superiores de que dispunham as pessoas em eras anteriores.

A última linha deste verso, jagāma diśam uttarām – “Ele foi para o norte” – pode ser compreendida da seguinte maneira. Viajando rumo ao norte da Índia, chega-se às montanhas mais altas do mundo, a cordilheira dos Himalaias. Ali, podem-se encontrar ainda muitos belos picos e vales, onde existem tranquilos eremitérios apropriados para a austeridade e a meditação. Assim, na cultura védica, “ir para o norte” indica renunciar aos confortos da sociedade comum e ir para as montanhas dos Himalaias a fim de praticar sérias austerida­des em prol do avanço espiritual.

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