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VERSO 40

yaṁ vai muhuḥ pitṛ-sarūpa-nijeśa-bhāvās
tan-mātaro yad abhajan raha-rūḍha-bhāvāḥ
citraṁ na tat khalu ramāspada-bimba-bimbe
kāme smare ’kṣa-viṣaye kim utānya-nāryaḥ

yam — a quem; vai — de fato; muhuḥ — repetidas vezes; pitṛ — com Seu pai; sa-rūpa — que parecia exatamente; nija — como seu próprio; īśa — senhor; bhāvāḥ — que O consideravam; tat — dEle; mātaraḥ — mães; yat — tanto quanto; abhajan — adoravam; raha — em segredo; rūḍha — completamente desenvolvida; bhāvāḥ — cuja atração extática; citram — surpreendente; na — não; tat — aquele; khalu — de fato; ramā — da deusa da fortuna; āspada — do refúgio (o Senhor Kṛṣṇa); bimba — da forma; bimbe — que era o reflexo; kāme — a luxúria personificada; smare — Cupido; akṣa-viṣaye — quando Ele estava diante dos olhos; kim uta — o que se dizer, então; anya — de outras; nāryaḥ — mulheres.

Não é de surpreender que as mulheres do palácio, que deviam ter afeição maternal por Pradyumna, confidencialmente sentis­sem atração extática por Ele, como se este fosse o próprio Senhor de suas vidas. Afinal, o filho parecia exatamente com o pai. De fato, Pradyumna era um reflexo perfeito da beleza do Senhor Kṛṣṇa, o abrigo da deusa da fortuna, e apareceu diante de seus olhos como o próprio Cupido. Já que até mesmo as mulheres que estavam no nível de Sua mãe sentiam atração conjugal por Ele, então o que se dizer de como as outras mulheres se sentiam ao vê-lO?

SIGNIFICADO—Como explica Śrīla Viśvanātha Cakravartī, sempre que as mulhe­res do palácio viam Śrī Pradyumna, imediatamente se lembravam de seu Senhor, Śrī Kṛṣṇa. Śrīla Prabhupāda faz o seguinte comentário em Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus: “Śrīla Śukadeva Go­svāmī explicou que, no início, todas as residentes do palácio, que eram todas mães e madrastas de Pradyumna, confundiram-nO com Kṛṣṇa e ficaram acanhadas, contagiadas pelo desejo de amor conjugal. A explicação é que a aparência pessoal de Pradyumna era exatamente como à de Kṛṣṇa e que Ele era, de fato, o Cupido em pes­soa. Não havia motivo para espanto, portanto, quando as mães de Pradyumna e outras mulheres confundiam-se a respeito dEle dessa maneira. Fica evidente por esta declaração que as características corpóreas de Pradyumna eram tão semelhantes às de Kṛṣṇa que Ele foi confundido com Kṛṣṇa até por Sua mãe.”

Neste ponto, encerram-se os significados apresentados pelos humil­des servos de Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhu­pāda referentes ao décimo canto, quinquagésimo quinto capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “A História de Pradyumna”.

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