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VERSO 15

ya idaṁ līlayā viśvaṁ
sṛjaty avati hanti ca
ceṣṭāṁ viśva-sṛjo yasya
na vidur mohitājayā

ya — quem; idam — este; līlayā — como brincadeira; viśvam — universo; sjati — cria; avati — mantém; hanti — destrói; ca — e; ceṣṭām — pro­pósito; viśva-sja — os criadores (secundários) do universo (encabe­çados pelo senhor Brahmā); yasya — cujo; na vidu — não conhecem; mohitā — confundidos; ajayā — por Sua eterna potência ilusória.

“É o Senhor Supremo quem cria, mantém e destrói este universo como Seu mero passatempo. Os criadores cósmicos não conse­guem sequer compreender Seu propósito, desorientados como estão por Sua ilusória Māyā.”

SIGNIFICADO—O uso do singular ya, “aquele que”, indica que as frequentes referências a “dois Senhores, Kṛṣṇa e Rāma”, não comprometem o firme princípio do monoteísmo expresso no Śrīmad-Bhāgavatam. Como se explica em muitos textos védicos, o Senhor Supremo único expande-Se em inumeráveis formas, mas permanece o Deus único e onipotente. Por exemplo, temos esta afirmação na Brahma-sahitā (5.33), advaitam acyutam anādir ananta-rūpam: “O Senhor Supremo único é infalível e sem começo, e expande-Se em inumeráveis formas manifestas.” Em consideração ao espírito dos passatempos do Senhor, nos quais Ele Se expande e aparece como Seu próprio irmão mais velho, Balarāma, o Bhāgavatam aqui se refere a “dois Senhores”. Mas o ponto essencial é que existe uma Divindade Suprema, uma Verdade Absoluta, que aparece em Sua forma original como Kṛṣṇa.

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