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VERSO 37

satrājito ’napatyatvād
gṛhṇīyur duhituḥ sutāḥ
dāyaṁ ninīyāpaḥ piṇḍān
vimucyarṇaṁ ca śeṣitam

satrājita — de Satrājit; anapatyatvāt — por não ter filhos; ghīyu — devem aceitar; duhitu — de sua filha; sutā — os filhos; dāyam — a herança; ninīya — depois de oferecer; āpa — água; piṇḍān — e oferendas memoriais; vimucya — depois de liquidar; ṛṇam — dívidas; ca — e; śeitam — restantes.

“Como Satrājit não tinha filhos, os filhos de sua filha devem receber a herança dele. Devem pagar as oferendas memoriais de água e piṇḍa, liquidar as dívidas restantes de seu avô e conservar para si o resto da herança.”

SIGNIFICADO—Śrīla Śrīdhara Svāmī cita o seguinte preceito do smti com relação a heranças, patnī duhitaraś caiva pitaro bhrātaras tathā/tat-sutā gotra-jā bandhu śiyā sa-brahmacāria: “A herança vai primei­ro para a esposa, depois [se a esposa faleceu] para as filhas, depois para os pais, depois para os irmãos, depois para os sobrinhos, depois para parentes do mesmo gotra do falecido, e depois para seus discí­pulos, inclusive os brahmacārīs.”

Śrīla Viśvanātha Cakravartī acrescenta que, como Satrājit não tinha filhos, como suas esposas foram mortas junto com ele, e como sua filha Satyabhāmā não estava interessada na joia Syamantaka, que constituía a herança, ela pertencia, por direito, a seus filhos.

Em Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus, Śrīla Prabhupāda explica: “O Senhor Kṛṣṇa indicou, através desta afirmação, que Satyabhāmā já estava grávida e que seu filho seria o verdadeiro reivindicante da joia, e decerto a tomaria de Akrūra se este tentasse escondê-la.”

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