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VERSOS 38-39

tathāpi durdharas tv anyais
tvayy āstāṁ su-vrate maṇiḥ
kintu mām agrajaḥ samyaṅ
na pratyeti maṇiṁ prati

darśayasva mahā-bhāga
bandhūnāṁ śāntim āvaha
avyucchinnā makhās te ’dya
vartante rukma-vedayaḥ

tathā api — não obstante; durdhara — impossível de conservar; tu — mas; anyai — por outros; tvayi — contigo; āstām — deve ficar; suvrate — ó fidedigno observador de votos; mai — a joia; kintu — somen­te; mam — em Mim; agra-ja — Meu irmão mais velho; samyak — por completo; na pratyeti — não acredita; maim prati — quanto à joia; darśayasva — por favor, mostra-a; mahā-bhāga — ó afortunadíssimo; bandhūnām — a meus parentes; śāntim — paz; āvaha — traze; avyuc­chinnā — ininterruptos; makhā — sacrifícios; te — teus; adya — agora; vartante — estão continuando; rukma — de ouro; vedaya — cujos altares.

“Não obstante, a joia deve permanecer a teus cuidados, ó fidedigno Akrūra, porque ninguém mais pode guardá-la em segurança. Mas, por favor, mostra a joia apenas uma vez, pois Meu irmão mais velho não acredita em tudo o que Eu Lhe disse sobre ela. Desse modo, ó afortunadíssimo, tranquilizarás Meus paren­tes. [Todos sabem que tens a joia, pois] agora estás sempre exe­cutando sacrifícios em altares de ouro.”

SIGNIFICADO—Embora tecnicamente os filhos de Satyabhāmā tivessem direito à joia, o Senhor Kṛṣṇa decidiu deixá-la sob os cuidados de Akrūra, que estava usando a riqueza da joia para executar contínuos sacrifícios religiosos. De fato, a capacidade que tinha Akrūra de executar tais rituais em altares de ouro era indicação da potência da joia.

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