VERSO 29
tvaṁ vai sisṛkṣur aja utkaṭaṁ prabho
tamo nirodhāya bibharṣy asaṁvṛtaḥ
sthānāya sattvaṁ jagato jagat-pate
kālaḥ pradhānaṁ puruṣo bhavān paraḥ
tvam — Vós; vai — de fato; sisṛkṣuḥ — desejando criar; ajaḥ — não nascido; utkaṭam — preeminente; prabho — ó senhor; tamaḥ — o modo da ignorância; nirodhāya — para a aniquilação; bibharṣi — assumis; asaṁvṛtaḥ — não coberto; sthānāya — para a manutenção; sattvam — o modo da bondade; jagataḥ — do universo; jagat-pate — ó Senhor do universo; kālaḥ — tempo; pradhānam — natureza material (em seu estado original, não diferenciado); puruṣaḥ — o criador (que interage com a natureza material); bhavān — Vós; paraḥ — distinto.
Desejando criar, ó senhor não nascido, aumentais e depois assumis o modo da paixão. Fazeis o mesmo com o modo da ignorância quando desejais aniquilar o universo, e com o modo da bondade quando desejais mantê-lo. Entretanto, permaneceis descoberto por esses modos. Sois o tempo, o pradhāna e o puruṣa, ó Senhor do universo, mas, ainda assim, sois separado e distinto.
SIGNIFICADO—A palavra jagataḥ na terceira linha deste verso indica que as funções de criação, manutenção e aniquilação são mencionadas aqui em um contexto cósmico.
A palavra utkaṭam indica que, quando se executa uma função em particular, seja a criação, seja a manutenção, seja a aniquilação universal, a qualidade material específica associada àquela função torna-se predominante.