VERSO 24
māheśvaraḥ samākrandan
vaiṣṇavena balārditaḥ
alabdhvābhayam anyatra
bhīto māheśvaro jvaraḥ
śaraṇārthī hṛṣīkeśaṁ
tuṣṭāva prayatāñjaliḥ
māheśvaraḥ — (a arma febre) do senhor Śiva; samākrandam — gritando; vaiṣṇavena — do vaiṣṇava-jvara; bala — pela força; arditaḥ — atormentado; alabdhvā — não conseguindo; abhayam — destemor; anyatra — em outro lugar; bhītaḥ — amedrontado; māheśvaraḥ jvaraḥ — o Māheśvara-jvara; śaraṇa — abrigo; arthī — desejando; hṛṣīkeśam — o Senhor Kṛṣṇa, o mestre dos sentidos de todos; tuṣṭāva — louvou; prayata-añjaliḥ — com as mãos postas em sinal de súplica.
O Śiva-jvara, dominado pela força do Viṣṇu-jvara, gritava de dor. Porém, sem encontrar nenhum refúgio, o assustado Śiva-jvara aproximou-se do Senhor Kṛṣṇa, o mestre dos sentidos, com a esperança de conseguir abrigo junto a Ele. Assim, de mãos postas, ele se colocou a louvar o Senhor.
SIGNIFICADO—Como salienta Śrīla Viśvanātha Cakravartī, é significativo que o Śiva-jvara teve de sair de perto de seu mestre, o senhor Śiva, e refugiar-se diretamente na Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Kṛṣṇa.