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VERSO 1

śrī-śuka uvāca
balabhadraḥ kuru-śreṣṭha
bhagavān ratham āsthitaḥ
suhṛd-didṛkṣur utkaṇṭhaḥ
prayayau nanda-gokulam

śrī-śuka uvāca — Śukadeva Gosvāmī disse; balabhadra — o Senhor Balarāma; kuru-śreṣṭha — ó melhor dos Kurus (rei Parīkṣit); bhagavān — o Senhor Supremo; ratham — em Sua quadriga; āsthita — montado; suht — Seus amigos benquerentes; didku — desejando ver; utkaṇṭha — ansioso; prayayau — viajou; nanda-gokulam — para a vila pastoril de Nanda Mahārāja.

Śukadeva Gosvāmī disse: Ó melhor dos Kurus, certa vez, o Senhor Balarāma, ansioso por visitar Seus amigos benquerentes, subiu em Sua quadriga e viajou para Nanda Gokula.

SIGNIFICADO—Como evidencia Śrīla Jīva Gosvāmī, também se descreve a viagem do Senhor Balarāma para Śrī Vṛndāvana no Hari-vaśa (Viṣṇu-parva 46.10):

kasyacid atha kālasya
smṛtvā gopeṣu sauhṛdam
jagāmaiko vrajaṁ rāmaḥ
kṛṣṇasyānumate sthitaḥ

“Lembrando a profunda amizade que outrora tivera com os vaqueiros, o Senhor Rāma foi sozinho para Vraja, depois de receber a permis­são do Senhor Kṛṣṇa.” Os moradores simples de Vṛndāvana estavam magoados pelo fato de o Senhor Kṛṣṇa ter ido morar em outro lugar, daí o Senhor Balarāma ter ido até lá a fim de consolá-los.

Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura trata da questão de por que o Senhor Kṛṣṇa, o grande oceano de amor puro, não foi também para Vraja. Como explicação, o ācārya apresenta os dois seguintes versos:

preyasīḥ prema-vikhyātāḥ
pitarāv ati-vatsalau
prema-vaśyaś ca kṛṣṇas tāṁs
tyaktvā naḥ katham eṣyati

iti matvaiva yādavaḥ
pratyabadhnan harer gatau
vraja-prema-pravardhi sva-
līlādhīnatvam īyuṣaḥ

“Os Yadus pensavam: ‘As queridas namoradas do Senhor são famosas por seu amor puro e extático, e os pais dEle são afetuosíssimos com Ele. O Senhor Kṛṣṇa é controlado pelo amor puro, de modo que, se Ele for vê-los, como conseguirá deixá-los e voltar para nós?’ Com isso em mente, os Yadus impediram o Senhor Hari de ir, sabendo que Ele Se torna subserviente aos passatempos em que reciproca ao amor sempre crescente dos habitantes de Vraja.”

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