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VERSO 17

dvau māsau tatra cāvātsīn
madhuṁ mādhavaṁ eva ca
rāmaḥ kṣapāsu bhagavān
gopīnāṁ ratim āvahan

dvau — dois; māsau — meses; tatra — lá (em Gokula); ca — e; avāt­sīt — residiu; madhummadhu (o primeiro mês do calendário védico, por ocasião do equinócio da primavera); mādhavammādhava (o segundo mês); eva — de fato; ca — também; rāma — Balarāma; kapā­su — durante as noites; bhagavān — o Senhor Supremo; gopīnām — às gopīs; ratim — prazer conjugal; āvahan — trazendo.

O Senhor Balarāma, a Personalidade de Deus, residiu ali du­rante os dois meses de madhu e mādhava e, à noite, Ele dava prazer conjugal a Suas namoradas vaqueirinhas.

SIGNIFICADO—Śrīla Śrīdhara Svāmī afirma que as gopīs que desfrutaram aventuras conjugais com Śrī Balarāma durante Sua visita a Gokula não haviam participado da dança da rāsa de Śrī Kṛṣṇa, por serem jovens demais na ocasião. Śrīla Jīva Gosvāmī confirma essa declaração citando uma frase do Bhāgavatam (10.15.8) – gopyo 'ntarea bhu­jayo – que indica que existem determinadas gopīs que atuam como namoradas do Senhor Balarāma. Além disso, Jīva Gosvāmī afirma que, durante o festival de Holī, quando Kṛṣṇa matou Śaṅkhacūḍa, as gopīs com quem o Senhor Balarāma desfrutava eram diferentes da­quelas com quem o Senhor Kṛṣṇa desfrutava. Śrīla Viśvanātha Cakravartī concorda com essa explicação.

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