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VERSO 37

sā vīkṣya viśvaṁ sahasā
rājan sañjāta-vepathuḥ
sammīlya mṛgaśāvākṣī
netre āsīt suvismitā

— mãe Yaśodā; vīkṣya — vendo; viśvam — todo o universo; saha­sā — subitamente dentro da boca de seu filho; rājan — o rei (Mahārāja Parīkṣit); sañjāta-vepathuḥ — cujo coração estava batendo; sammī­lya — abrindo; mṛgaśāva-akṣī — como os olhos de um filhote de veado; netre — seus dois olhos; āsīt — ficaram; su-vismitā — espantados.

Quando mãe Yaśodā viu todo o universo dentro da boca de seu filho, seu coração começou a palpitar, e, espantada, ela quis fechar seus olhos inquietos.

SIGNIFICADO—Devido ao seu amor materno e puro, mãe Yaśodā pensava que essa maravilhosa criança que pregava tantas peças deveria ter tido alguma doença. Ela não apreciava as maravilhas mostradas pelo seu filho; em vez disso, preferia fechar seus olhos. Ela espreitava outro peri­go, daí seus olhos terem-se tornado inquietos como os de um fi­lhote de veado. Tudo isso era arranjo de yogamāyā. A relação entre mãe Yaśodā e Kṛṣṇa é de amor materno e puro. Nesse tipo de amor, mãe Yaśodā não apreciava muito quando as opulências da Persona­lidade de Deus tornavam-se manifestas.

No começo deste capítulo, às vezes aparecem dois versos extras:

evaṁ bahūni karmāṇi
gopānāṁ śaṁ sa-yoṣitām
nandasya gehe vavṛdhe
kurvan viṣṇu-janārdanaḥ

“Dessa maneira, para castigar e matar os demônios, a criança Kṛṣṇa executou muitas atividades na casa de Nanda Mahārāja, e os habi­tantes de Vraja alegravam-se com esses acontecimentos.”

evaṁ sa vavṛdhe viṣṇur
nanda-gehe janārdanaḥ
kurvann aniśam ānandaṁ
gopālānāṁ sa-yoṣitām

“Para aumentar o prazer transcendental dos gopas e das gopīs, Kṛṣṇa, o matador de todos os demônios, foi assim criado por Seu pai e por Sua mãe, Nanda e Yaśodā.”

Śrīpāda Vijayadhvaja Tīrtha também acrescenta outro verso logo após o terceiro verso deste capítulo:

vistareṇeha kāruṇyāt
sarva-pāpa-praṇāśanam
vaktum arhasi dharma-jña
dayālus tvam iti prabho

“Parīkṣit Mahārāja pediu então que Śukadeva Gosvamī continuasse a falar essas narrações sobre os passatempos de Kṛṣṇa, para que o rei pudesse sentir através delas uma bem-aventurança transcendental.”

Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do décimo canto, sétimo capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “O Extermínio do Demônio Tṛṇāvarta”.

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