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VERSO 32

yat-pāda-sevorjitayātma-vidyayā
hinvanty anādyātma-viparyaya-graham
labhanta ātmīyam anantam aiśvaraṁ
kuto nu mohaḥ paramasya sad-gateḥ

yat — cujos; pāda — aos pés; sevā — pelo serviço; ūrjitayā — fortale­cida; ātma-vidyayā — pela autorrealização; hinvanti — dissipam; anā­di — sem princípio; ātma — do eu; viparyaya-graham — a identificação errônea; labhante — alcançam; ātmīyam — em uma relação pessoal com Ele; anantam — eterna; aiśvaram — glória; kutaḥ — como; nu — de fato; mohaḥ — confusão; paramasya — para o Supremo; sat — dos devotos santos; gateḥ — o destino.

Em virtude da autorrealização fortificada pelo serviço presta­do a Seus pés, os devotos do Senhor dissipam o conceito de vida corpórea, que tem confundido a alma desde tempos imemoriais. Dessa maneira, eles alcançam glória eterna em companhia de Sua pessoa. Como, então, essa Verdade Suprema, o destino de todos os santos genuínos, poderia sujeitar-Se à ilusão?

SIGNIFICADO—Como resultado de jejum, o corpo enfraquece, e a pessoa pensa: “Estou enfraquecido.” Da mesma forma, a alma condicionada pensa certas vezes: “estou feliz” ou “estou infeliz” – ideias baseadas no conceito de vida corpórea. Apenas por servir os pés de lótus do Senhor Kṛṣṇa, todavia, os devotos se livram desse conceito de vida corporal. Logo, como seria possível que, em algum momento, tal ilusão afetasse a Suprema Personalidade de Deus?

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