VERSOS 25-26
ṛṣer bhagavato bhūtvā
śiṣyo ’dhītya bahūni ca
setihāsa-purāṇāni
dharma-śāstrāṇi sarvaśaḥ
adāntasyāvinītasya
vṛthā paṇḍita-māninaḥ
na guṇāya bhavanti sma
naṭasyevājitātmanaḥ
ṛṣeḥ — do sábio (Vyāsadeva); bhagavataḥ — a encarnação do Supremo; bhūtvā — tornando-se; śiṣyaḥ — um discípulo; adhītya — estudando; bahūni — muitos; ca — e; sa — juntamente com; itihāsa — histórias épicas; purāṇāni — e Purāṇas; dharma-śāstrāṇi — as escrituras que descrevem os deveres religiosos do homem; sarvaśaḥ — plenamente; adāntasya — para ele que não é autocontrolado; avinītasya — não humilde; vṛthā — em vão; paṇḍita — uma autoridade erudita; māninaḥ — julgando-se; na guṇāya — que não leva a boas qualidades; bhavanti sma — tornaram-se; naṭasya — de um artista de palco; iva — como; ajita — não dominada; ātmanaḥ — cuja mente.
Embora seja discípulo do divino sábio Vyāsa e com ele tenha aprendido na íntegra muitas escrituras, tais como os livros que tratam dos deveres religiosos, as epopeias e os Purāṇas, todo esse estudo não produziu nele boas qualidades. Ao contrário, seu estudo das escrituras é como um ator que estuda seu papel, pois ele não é autocontrolado nem humilde e, sem fundamento, julga-se uma autoridade erudita, embora tenha fracassado em dominar sua própria mente.
SIGNIFICADO—Alguém poderia argumentar que Romaharṣaṇa cometera um erro inocente por não reconhecer o Senhor Balarāma, mas tal argumento é refutado aqui pela vigorosa crítica do Senhor Balarāma.