VERSO 28
etāvad uktvā bhagavān
nivṛtto ’sad-vadhād api
bhāvitvāt taṁ kuśāgreṇa
kara-sthenāhanat prabhuḥ
etāvat — isto; uktvā — dizendo; bhagavān — a Personalidade de Deus; nivṛttaḥ — parado; asat — os ímpios; vadhāt — de matar; api — embora; bhāvitvāt — porque era inevitável; tam — a ele, Romaharṣaṇa; kuśa — de grama; agreṇa — com a ponta de uma folha; kara — em Sua mão; sthena — segurada; ahanat — matou; prabhuḥ — o Senhor.
[Śukadeva Gosvāmī continuou:] Embora o Senhor Balarāma tivesse parado de matar os ímpios, a morte de Romaharṣaṇa era inevitável. Por isso, após ter dito essas palavras, o Senhor pegou uma folha de grama kuśa e, tocando-o com sua ponta, matou-o.
SIGNIFICADO—Śrīla Prabhupāda escreve: “O Senhor Balarāma deixara de participar da Batalha de Kurukṣetra; todavia, por causa de Sua posição, era Seu dever principal restabelecer os princípios religiosos. Considerando esses pontos, Ele matou Romaharṣaṇa Sūta com o mero toque de uma palha de kuśa, que não passava de uma folha de grama. Se alguém questiona como é que o Senhor Balarāma pôde matar Romaharṣaṇa Sūta com o simples toque de uma folha de grama kuśa, o Śrīmad-Bhāgavatam responde a essa pergunta por intermédio da palavra prabhu (mestre). A posição do Senhor é sempre transcendental, e Ele pode agir como quiser, sem obrigação de seguir as leis e princípios materiais, porque é onipotente. Por isso, foi possível que Ele matasse Romaharṣaṇa Sūta com o mero toque de uma folha de grama kuśa.”