VERSO 22
tāv aṅghri-yugmam anukṛṣya sarīsṛpantau
ghoṣa-praghoṣa-ruciraṁ vraja-kardameṣu
tan-nāda-hṛṣṭa-manasāv anusṛtya lokaṁ
mugdha-prabhītavad upeyatur anti mātroḥ
tau — Kṛṣṇa e Balarāma; aṅghri-yugmam anukṛṣya — arrastando Suas pernas; sarīsṛpantau — engatinhando como serpentes; ghoṣa-praghoṣa-ruciram — produzindo um som com Seus sinos de tornozelo que era muitíssimo doce de se ouvir; vraja-kardameṣu — na lama que o excremento e a urina de vaca criavam na terra de Vrajabhūmi; tat-nāda — com o som daqueles sinos de tornozelos; hṛṣṭa-manasau — estando muito satisfeitos; anusṛtya — seguindo; lokam — outras pessoas; mugdha — ficando assim encantados; prabhīta-vat — então, temendo-as novamente; upeyatuḥ — logo retornavam; anti mātroḥ — para Suas mães.
Quando Kṛṣṇa e Balarāma, com a força de Suas pernas, engatinhavam nos lugares lamacentos criados em Vraja pelo esterco e urina de vaca, Seu engatinhar parecia o rastejamento das serpentes, e o som dos sinos de Seus tornozelos era muito encantador. Muito satisfeitos com o som emitido pelos sinos de tornozelos de outras pessoas, Eles costumavam seguir essas pessoas como se estivessem indo ter com Suas mães. Quando viam que eram outras pessoas, Eles ficavam com medo e retornavam às Suas verdadeiras mães, Yaśodā e Rohiṇī.
SIGNIFICADO—Ao engatinharem por Vrajabhūmi, Kṛṣṇa e Balarāma ficavam encantados com o som dos sinos de tornozelo. Assim, Eles às vezes seguiam outras pessoas, que apreciavam o engatinhar de Kṛṣṇa e Balarāma e exclamavam: “Oh! Vejam como Kṛṣṇa e Balarāma estão engatinhando!” Ao ouvirem isso, Kṛṣṇa e Balarāma podiam entender que essas pessoas que Eles seguiam não eram Suas mães, momento no qual regressavam às Suas verdadeiras mães. Logo, o engatinhar de Kṛṣṇa e Balarāma era desfrutado pela população circunvizinha, bem como por mãe Yaśodā e Rohiṇī e pelas próprias crianças.