VERSO 23
tan-mātarau nija-sutau ghṛṇayā snuvantyau
paṅkāṅga-rāga-rucirāv upagṛhya dorbhyām
dattvā stanaṁ prapibatoḥ sma mukhaṁ nirīkṣya
mugdha-smitālpa-daśanaṁ yayatuḥ pramodam
tat-mātarau — Suas mães (Rohiṇī e Yaśodā); nija-sutau — seus respectivos filhos; ghṛṇayā — com grande afeição; snuvantyau — cheias de felicidade, permitiam que mamassem o leite que escorria de seus seios; paṅka-aṅga-rāga-rucirau — cujos belos corpos transcendentais estavam cobertos com uma lamacenta mistura de excremento e urina de vaca; upagṛhya — cuidando de; dorbhyām — com seus braços; dattvā — dando-lhes; stanam — os seios; prapibatoḥ — quando os bebês estavam mamando; sma — na verdade; mukham — a boca; nirīkṣya — e vendo; mugdha-smita-alpa-daśanam — sorrindo com os dentinhos que despontavam em Suas bocas (elas se sentiam cada vez mais atraídas); yayatuḥ — e desfrutavam de; pramodam — bem-aventurança transcendental.
Cobertos de terra lamacenta misturada com esterco e urina de vaca, os bebês pareciam muito belos, e, quando iam até Suas mães, tanto Yaśodā quanto Rohiṇī pegavam-nOs com muita afeição, abraçavam-nOs e permitiam que Eles mamassem o leite que fluía de seus seios. Enquanto sugavam o seio, os bebês sorriam, e Seus dentinhos ficavam visíveis. Suas mães, ao verem aqueles belos dentes, sentiam grande bem-aventurança transcendental.
SIGNIFICADO—Conforme as mães cuidavam de seus respectivos bebês, por arranjo de yogamāyā, os bebês pensavam: “Eis Minha mãe”, e as mães pensavam: “Eis meu filho.” Devido à afeição, o leite naturalmente escorria dos seios das mães, e os bebês tomavam-no. Ao verem os dentinhos despontando, as mães contavam-nos e ficavam felizes, e, ao verem que Suas mães permitiam-Lhes beber o leite de seus seios, os bebês também experimentavam um prazer transcendental. À medida que prosseguia entre Rohiṇī e Balarāma e entre Yaśodā e Kṛṣṇa essa afeição transcendental, todos eles desfrutavam de bem-aventurança transcendental.