VERSO 25
śṛṅgy-agni-daṁṣṭry-asi-jala-dvija-kaṇṭakebhyaḥ
krīḍā-parāv aticalau sva-sutau niṣeddhum
gṛhyāṇi kartum api yatra na taj-jananyau
śekāta āpatur alaṁ manaso ’navasthām
śṛṅgī — com as vacas; agni — fogo; daṁṣṭrī — macacos e cães; asi — espadas; jala — água; dvija — pássaros; kaṇṭakebhyaḥ — e espinhos; krīḍā-parau ati-calau — os bebês, sendo muito inquietos, ocupavam-Se em brincar; sva-sutau — seus próprios filhos; niṣeddhum — de simplesmente contê-lOs; gṛhyāṇi — deveres domésticos; kartum api — executando; yatra — quando; na — não; tat-jananyau — Suas mães (Rohiṇī e Yaśodā); śekāte — capazes; āpatuḥ — obtinham; alam — na verdade; manasaḥ — da mente; anavasthām — equilíbrio.
Ao se sentirem incapazes de proteger os bebês, impedindo que lhes sobreviessem calamidades produzidas por vacas com chifres, pelo fogo, por animais com garras e dentes, tais como os macacos, cães e gatos, e por espinhos, espadas e outras armas terrestres, mãe Yaśodā e Rohiṇī ficavam sempre em ansiedade, e suas ocupações domésticas eram perturbadas. Nesses momentos, elas estavam plenamente equilibradas, firmes no êxtase transcendental conhecido como a angústia da afeição material, pois isso surgia em suas mentes.
SIGNIFICADO—Todos esses passatempos de Kṛṣṇa, e o grande prazer que se apoderava das mães, são transcendentais; nada que lhes diz respeito é material. Eles são descritos na Brahma-saṁhitā como ānanda-cinmaya-rasa. No mundo espiritual, há ansiedade, há choro e há outros sentimentos semelhantes àqueles do mundo material, mas, como a realidade desses sentimentos está no mundo transcendental, do qual este mundo é uma mera imitação, mãe Yaśodā e Rohiṇī desfrutavam-nos transcendentalmente.