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VERSOS 16-17

trīṇi gulmāny atīyāya
tisraḥ kakṣāś ca sa-dvijaḥ
vipro ’gamyāndhaka-vṛṣṇīnāṁ
gṛheṣv acyuta-dharmiṇām

gṛhaṁ dvy-aṣṭa-sahasrāṇāṁ
mahiṣīṇāṁ harer dvijaḥ
viveśaikatamaṁ śrīmad
brahmānandaṁ gato yathā

trīṇi — por três; gulmāni — contingentes de guardas; atīyāya — pas­sando; tisraḥ — três; kakṣāḥ — portais; ca — e; sa-dvijaḥ — acompanhado de brāhmaṇas; vipraḥ — o erudito brāhmaṇa; agamya — intransponíveis; andhaka-vṛṣṇīnām — dos Andhakas e Vṛṣṇis; gṛheṣu — entre as casas; acyuta — o Senhor Kṛṣṇa; dharmiṇām — que seguem fielmente; gṛham — residência; dvi — duas; aṣṭa — vezes oito; sahasrāṇām — mil; mahiṣīṇām — das rainhas; hareḥ — do Senhor Kṛṣṇa; dvijaḥ — o brāhmaṇa; viveśa — entrou; ekatamam — em uma delas; śrī-mat — opulen­ta; brahma-ānandam — a bem-aventurança da liberação impessoal; gataḥ — alcançando; yathā — como que.

O erudito brāhmaṇa, acompanhado de alguns brāhmaṇas lo­cais, cruzou três postos de guardas e três portais, após o que passou pelas casas dos Andhakas e Vṛṣṇis, fiéis devotos do Senhor Kṛṣṇa, algo que em situações comuns ninguém conseguiria fazer. Então, entrou em um dos opulentos palácios pertencentes às dezes­seis mil rainhas do Senhor Hari e, ao fazer isso, sentiu como se estivesse alcançando a bem-aventurança da liberação.

SIGNIFICADO—Ao atravessar a área dos palácios do Senhor Kṛṣṇa e entrar de fato em um dos palácios, o santo brāhmaṇa esqueceu-se por completo de tudo mais, de maneira que seu estado de espírito compara-se ao de alguém que acaba de alcançar a bem-aventurança da liberação es­piritual. Śrīla Viśvanātha Cakravartī cita uma passagem do Padma Purāṇa, Uttara-khaṇḍa, onde se descreve que o brāhmaṇa, em ver­dade, entrou no palácio de Rukmiṇī, sa tu rukmiṇy-antaḥ-pura-dvāri kṣaṇaṁ tūṣṇīṁ sthitaḥ: “Em silêncio, ele ficou por um momento em frente à porta do palácio da rainha Rukmiṇī.”

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