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VERSO 19

yathā svayaṁ-vare rājñi
matsyaḥ pārthepsayā kṛtaḥ
ayaṁ tu bahir ācchanno
dṛśyate sa jale param

yathā — assim como; svayam-vare — em (tua) cerimônia de svayaṁvara; rājñi — ó rainha; matsyaḥ — um peixe; pārtha — Arjuna; īpsayā — com o desejo de obter; kṛtaḥ — feito (como alvo); ayam — este (peixe); tu — porém; bahiḥ — por fora; ācchannaḥ — coberto; dṛśyate — era visto; saḥ — ele; jale — na água; param — somente.

Assim como se usou um peixe como alvo em tua cerimônia de svayaṁvara, ó rainha, para garantir que obterias Arjuna como marido, usou-se também um peixe em minha cerimônia. Em meu caso, porém, ele estava oculto de todos os lados, e apenas se podia ver seu reflexo em uma vasilha de água, embaixo.

SIGNIFICADO—Arjuna é famoso como o arqueiro mais perito. Por que, então, ele não conseguiu acertar o peixe-alvo na cerimônia de svayaṁvara de Śrīmatī Lakṣmaṇā assim como o fizera anteriormente para ganhar Draupadī? Śrīla Śrīdhara Svāmī explica: O alvo no svayaṁvara de Draupadī estava oculto apenas em parte, de modo que um atirador poderia vê-lo se olhasse bem para o teto onde fora colocado. Para acertar o alvo de Lakṣmaṇā, porém, era necessário mirar olhando para cima e para baixo ao mesmo tempo, um feito impossível para qualquer mortal. Por isso, apenas Kṛṣṇa pôde acertar o alvo.

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