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VERSO 23

śuṣyad-dhradāḥ karaśitā bata sindhu-patnyaḥ
sampraty apāsta-kamala-śriya iṣṭa-bhartuḥ
yadvad vayaṁ madhu-pateḥ praṇayāvalokam
aprāpya muṣṭa-hṛdayāḥ puru-karśitāḥ sma

śuṣyat — secando; hradāḥ — cujos lagos; karaśitāḥ — encolhidos; bata — ai; sindhu — do oceano; patnyaḥ — ó esposas; samprati — agora; apāsta — perdida; kamala — de lótus; śrīyaḥ — cuja opulência; iṣṭa — amado; bhartuḥ — do marido; yadvat — assim como; vayam — nós; madhu-pateḥ — de Kṛṣṇa, o Senhor de Madhu; praṇaya — amoroso; avalokam — o olhar; aprāpya — não conseguindo; muṣṭa — enganados; hṛdayāḥ — cujos corações; puru — completamente; karśitāḥ — emaciadas; sma — tornamo-nos.

Ó rios, esposas do oceano, vossos lagos agora secaram. Ai! Fostes reduzidos a nada, e vossa exuberância de lótus desapa­receu. Sois, então, como nós, que estamos definhando por não receber o olhar carinhoso de nosso querido marido, o Senhor de Madhu, que enganou os nossos corações?

SIGNIFICADO—Durante o verão, os rios não recebem torrentes de água provida por seu marido, o oceano, através das nuvens. Mas a verdadeira razão do definhamento dos rios, como percebem as rainhas, é que esses deixaram de obter o olhar amoroso do Senhor Kṛṣṇa, o reservatório de toda a felicidade.

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