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VERSO 42

saṅkhyānaṁ yādavānāṁ kaḥ
kariṣyati mahātmanām
yatrāyutānām ayuta-
lakṣeṇāste sa āhukaḥ

saṅkhyānam — a contagem; yādavānām — dos Yādavas; kaḥ — quem; kariṣyati — pode fazer; mahā-ātmanām — das eminentes personalida­des; yatra — entre as quais; ayutānām — de dezenas de milhares; ayu­ta — (vezes) dez mil; lakṣeṇa — com (três) cem mil (pessoas); āste — estava presente; saḥ — ele; āhukaḥ — Ugrasena.

Quem pode contar todos os eminentes Yādavas, visto que, entre eles, apenas o rei Ugrasena era acompanhado de um séquito de trinta trilhões de auxiliares?

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī explica por que se diz nesta passagem que o número de auxiliares do rei Ugrasena era especificamente trinta trilhões, e não um número indefinido de dezenas de trilhões. Ele faz isso citando a regra de interpretação kapiñjalādhikaraṇa, a lógica da “referência aos pombos”. Em algum lugar nos Vedas, encontra-se o preceito de que “alguém deve sacrificar alguns pom­bos”. Deve-se considerar que esse número plural não significa um número indiscriminado de pombos, mas precisamente três deles, pois os Vedas jamais deixam algum assunto vago. As regras de interpre­tação mīmāṁsā consideram o três como o número padrão a ser adotado quando não se fornece nenhum número específico.

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