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VERSO 33

nadyo ’sya nāḍyo ’tha tanū-ruhāṇi
mahī-ruhā viśva-tanor nṛpendra
ananta-vīryaḥ śvasitaṁ mātariśvā
gatir vayaḥ karma guṇa-pravāhaḥ

nadyaḥ — os rios; asya — dEle; nāḍyaḥ — veias; atha — depois disso; tanū-ruhāṇi — pelos sobre o corpo; mahī-ruhāḥ — as plantas e as árvores; viśva-tanoḥ — da forma universal; nṛpa-indra — ó rei; ananta-vīryaḥ — o onipotente; śvasitam — respiração; mātariśvā — ar; gatiḥ — movimento; vayaḥ — eras que passam; karma — atividade; guṇa-pravāhaḥ — reações dos modos da natureza.

Ó rei, os rios são as veias do corpo gigantesco, as árvores são os pelos de Seu corpo, e o ar onipotente é Sua respiração. As eras que passam são Seus movimentos, e Suas atividades são as reações dos três modos da natureza material.

SIGNIFICADO—A Personalidade de Deus não é uma pedra morta, tampouco é inativo, como pensam erroneamente algumas escolas. Ele Se locomove à medida que o tempo progride, de modo que, enquanto desempenha Suas atividades atuais, sabe tudo sobre o passado e o futuro. Nada lhe é desconhecido. As almas condicionadas são impelidas pelas reações dos modos da natureza material, que são atividades do Senhor. Como se afirma na Bhagavad-gītā (7.12), os modos da natureza agem unicamente sob Sua direção, e, nesse caso, nenhuma ocorrência natural é fortuita ou automática. O poder que há por trás das atividades é a supervisão do Senhor, e assim, diferentemente do que se costuma conceber, o Senhor nunca é inativo. Os Vedas dizem que o Senhor Supremo nada tem a fazer pessoalmente, como sempre acontece com os superiores, mas tudo é feito sob Sua direção. Como se diz, nenhuma folha de grama se move sem Sua permissão. Na Brahma-saṁhitā (5.48), afirma-se que todos os universos e os seus líderes (os Brahmās) existem apenas durante o período de Seu ciclo respiratório. O mesmo é confirmado aqui. O ar no qual existem os universos e os planetas dentro dos universos não é nada além de um pequeno período da respiração do incontestável virāṭ-puruṣa. Logo, mesmo estudando os rios, as árvores, o ar e a passagem das eras, a pessoa pode conceber a Personalidade de Deus sem se deixar desencaminhar pela concepção segundo a qual o Senhor é desprovido de forma. Na Bhagavad-gītā (12.5), afirma-se que aqueles que são muito inclinados à concepção segundo a qual a Verdade Suprema é desprovida de forma enfrentam mais dificuldades do que aqueles que, com inteligência, podem conceber a forma pessoal.

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